Descobri que gosto de andar de ônibus.
Percebi que o tempo está mais curto, e, cada vez menos eu escrevo.
Só quando estou nos ônibus da minha vida, eu paro e penso. Talvez por isso não seja passageiro de janela, mas de corredor. Egoísta que sou, olho para a paisagem interna a mim, as metamorfoses diárias, as conclusões que florescem para depois dar frutos, e, por um momento, eu escrevo uma frase no caderno mental: "ela era como um pássaro negro"... e veja só: o "era" de novo... Como sou previsível a mim mesmo... Mas, ainda gosto do que escrevo. Penso: "não posso esquecer essa frase..." E negrito no caderno mental.
Um fragmento de conto ali.
Um enredo aqui.
Um personagem, bem ali... Na minha frente.
Eles ficaram sem tempo... E eu também. Mas ainda tenho um caderno. E você?
Percebi que o tempo está mais curto, e, cada vez menos eu escrevo.
Só quando estou nos ônibus da minha vida, eu paro e penso. Talvez por isso não seja passageiro de janela, mas de corredor. Egoísta que sou, olho para a paisagem interna a mim, as metamorfoses diárias, as conclusões que florescem para depois dar frutos, e, por um momento, eu escrevo uma frase no caderno mental: "ela era como um pássaro negro"... e veja só: o "era" de novo... Como sou previsível a mim mesmo... Mas, ainda gosto do que escrevo. Penso: "não posso esquecer essa frase..." E negrito no caderno mental.
Um fragmento de conto ali.
Um enredo aqui.
Um personagem, bem ali... Na minha frente.
Eles ficaram sem tempo... E eu também. Mas ainda tenho um caderno. E você?
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